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As marcas voltaram a ter rosto: por que o público só confia em quem mostra a própria pele

  • marcolaguilherme
  • 29 de out.
  • 2 min de leitura
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Durante muito tempo, as marcas acreditaram que precisavam soar perfeitas.A comunicação era construída como um muro: por trás, estavam as pessoas reais; à frente, uma fachada impecável feita de slogans, tons institucionais e identidades visuais controladas até o último detalhe.Ser “profissional” significava ser distante. E ser distante era sinônimo de autoridade.

Mas algo mudou.

Nos últimos anos, o público começou a rejeitar o discurso ensaiado. A estética polida das campanhas perdeu força diante da linguagem espontânea de vídeos, bastidores e posts imperfeitos. O que antes era considerado erro — uma fala tropeçada, uma imagem tremida, um corte mal feito — passou a representar credibilidade. A vulnerabilidade virou sinal de verdade.


O fim da perfeição como estratégia

A lógica antiga era simples: quanto mais impecável o conteúdo, maior o prestígio.Hoje, acontece o inverso. Em um ambiente saturado de filtros e deepfakes, a perfeição se tornou suspeita.O público quer ver quem está por trás da marca, entender o processo e sentir que há gente de verdade envolvida.

Vídeos de bastidores, funcionários em cena e fundadores falando sem roteiro tornaram-se ativos de confiança.O marketing aprendeu — às vezes à força — que a naturalidade não se roteiriza.Quando a espontaneidade vira tática, o encanto se quebra.


O retorno da humanidade como diferencial competitivo

Pequenas empresas e criadores independentes compreenderam isso antes das grandes corporações.Sem orçamento para parecer perfeitos, decidiram mostrar o que tinham: o real.Essa decisão, quase acidental, inaugurou uma nova estética de comunicação — mais próxima, mais imperfeita e, por isso mesmo, mais convincente.

Enquanto marcas globais ainda tentam fabricar autenticidade, o público se volta para quem demonstra presença verdadeira.A autoridade agora nasce de carisma, não de orçamento.A influência vem de quem fala com naturalidade, não de quem domina o manual.


O carisma como moeda de confiança

Carisma, nesse contexto, não é charme nem performance.É coerência entre o que se diz e o que se mostra.Um vídeo simples, gravado sem equipe, pode gerar mais conexão do que uma campanha milionária.Porque o público percebe quando há verdade por trás das palavras.

Empresários como Richard Branson, Luiza Trajano ou Cazé entenderam isso intuitivamente.Eles falam de forma direta, riem de si mesmos e mostram vulnerabilidade sem medo.Transformaram a comunicação em diálogo — e o diálogo em ativo de marca.


O paradoxo da era digital

Vivemos o auge da automação e, ao mesmo tempo, da busca por autenticidade.A inteligência artificial produz textos impecáveis, roteiros simétricos e campanhas perfeitas.Mas justamente por isso, o que mais emociona hoje é o erro humano, a pausa, a hesitação, o gesto imperfeito que escapa ao controle.

O público não quer ser convencido — quer se reconhecer.E o reconhecimento vem do humano, não do algoritmo.


O novo rosto das marcas

Toda marca contemporânea precisa reaprender a se apresentar como pessoa.Não basta falar sobre propósito; é preciso mostrar quem o vive. As pessoas confiam em quem se mostra — e se afastam de quem finge transparência.O futuro da comunicação não é sobre discurso, é sobre presença.

Mostrar a própria pele é um risco, mas também é o que reconstrói o elo de confiança que a publicidade, por excesso de controle, havia perdido. No fim, o público não quer empresas perfeitas — quer gente em quem possa acreditar.


Post produzido com ajuda de Inteligência Artificial.

 
 
 

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